Antecipando-se ao dia 8 de março, quando oficialmente se comemora o Dia Internacional da Mulher, a Secretaria Municipal de Saúde deu a largada alusiva às homenagens a data magna, nesta quinta-feira, 3, no auditório João Batista Cerqueira, contando com a presença do prefeito José Ronaldo de Carvalho.
A iniciativa da Secretaria de Saúde vai perdurar por todo o mês de março, e foi aberta com a saudação à plateia pela enfermeira Alessandra Magalhães, Referência da Área Técnica da Mulher, seguida pela chefe da Divisão de Atenção Básica, Valdenice Queirós Costa Rodrigue, e Joana Angélica Moraes, diretora de Gestão da Rede Própria.
Citando mulheres que historicamente serviram de exemplo para a humanidade, em vários campos de atuação na sociedade, a secretaria de Saúde, Denise Lima Mascarenhas, resumiu a sua fala numa mensagem de otimismo dirigida às mulheres.
“Qual ser humano tem o privilégio de ter um mês inteiro para comemorar o seu dia? “, indagou o prefeito José Ronaldo, ao sublinhar que este é um mês inesquecível para ele, que tem uma filha nascida no dia 8 de março: “ Que vocês sejam cada vez mais vencedoras, pois a questão não é os espaços que vocês ocupam, mas a capacidade de ocupar espaços que antes eram majoritariamente ocupados por homens”, disse.
Programação
Abrindo o ciclo de palestras do dia, a delegada Maria Clécia Vasconcelos Moraes, especializada no Atendimento à Mulher, falou sobre o tema “Direitos da Mulher e Prevenção da Violência”, lembrando que Feira de Santana começou o ano tendo muito a comemorar neste particular, “pois, felizmente, agora a Delegacia de Atenção a Mulher (DEAM), passa a contar com plantão 24 horas e o suporte especializado de seis delegadas, trabalhando ininterruptamente”.
Também palestraram o enfermeiro Valterney Moraes, do Programa DST/AIDS, da Secretaria de Saúde, que versou sobre o tema “Saúde da Mulher: Uma análise a partir das questões de gênero; e André Kaercher, analista comportamental, que discorreu sobre “Área Motivacional”
História do 8 de março
O dia 8 de março é o resultado de uma série de fatos, lutas e reivindicações das mulheres (principalmente nos EUA e Europa) por melhores condições de trabalho e direitos sociais e políticos, que tiveram início na segunda metade do século XIX e se estenderam até as primeiras décadas do XX.
No dia 8 de março de 1857, trabalhadores de uma indústria têxtil de Nova Iorque fizerem greve por melhores condições de trabalho e igualdades de direitos trabalhistas para as mulheres. O movimento foi reprimido com violência pela polícia. Em 8 de março de 1908, trabalhadoras do comércio de agulhas de Nova Iorque, fizeram uma manifestação para lembrar o movimento de 1857 e exigir o voto feminino e fim do trabalho infantil. Este movimento também foi reprimido pela polícia.
No dia 25 de março de 1911, cerca de 145 trabalhadores (maioria mulheres) morreram queimados num incêndio numa fábrica de tecidos em Nova Iorque. As mortes ocorreram em função das precárias condições de segurança no local. Como reação, o fato trágico provocou várias mudanças nas leis trabalhistas e de segurança de trabalho, gerando melhores condições para os trabalhadores norte-americanos.
Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem ao movimento pelos direitos das mulheres e como forma de obter apoio internacional para luta em favor do direito de voto para as mulheres (sufrágio universal).
Mas somente no ano de 1975, durante o Ano Internacional da Mulher, que a ONU (Organização das Nações Unidas) passou a celebrar o Dia Internacional da Mulher em 8 de março.
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