Conduta chikungunya
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O manejo clínico adotado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) no tratamento das pessoas acometidas pela febre chikungunya em Feira de Santana está adequado ao que é preconizado pelo Ministério da Saúde (MS). A observação foi feita na tarde desta quinta-feira, 13, por profissionais do MS durante avaliação de pacientes, na Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Por conta do número elevado de casos, o município serviu como laboratório para clínicos, fisioterapeutas, enfermeiros e terapeutas ocupacionais. Eles vieram para conhecer o grau de evolução da chikungunya e os danos causados, sobretudo, naqueles pacientes que se encontram nas fases aguda ou crônica da doença – mais de 45 dias – impedindo-os de voltarem à sua rotina.
“A partir do que eles relatam e apresentam vamos traçar as recomendações clínicas que poderão ser aplicadas em outras cidades, que ainda não registraram casos da doença, para o acompanhamento do paciente e sua conseqüente reabilitação”, afirmou o fisioterapeuta, Eduardo Carneiro.
Pacientes com a febre chikungunya – doença transmitida pelo mosquito aedes aegypti – sentem dores intensas nas articulações, acompanhada ou não de edemas (inchaço), que poderão se prolongar por meses ou anos, febre alta, dores de cabeça e nos músculos. Diferente da dengue, não existe uma forma hemorrágica e é raro surgir complicações graves, embora a artrite possa continuar ativa por muito tempo.
A gestora do projeto de Mobilização Social de Prevenção e Controle da Dengue, Elizabeth França, da Secretaria Estadual de Saúde (SESAB), ressaltou que através das avaliações clínicas dos pacientes será feita a revisão dos protocolos existentes e propostas novas medidas de conduta terapêutica.
“Conhecer o paciente nessa fase da doença – aguda ou crônica – poderá contribuir para entender como a doença está sendo introduzida no território nacional, porque embora já tenha registrado casos há décadas na África e Ásia, ela é recém-introduzida no país”, observou. Portanto, acrescentou ela, é importante conhecer os casos e como a população reage ao tratamento recomendado, principalmente, as pessoas que têm uma longa manifestação clínica da doença.
Elizabeth reconheceu que o município vem adotando a conduta correta, que é preconizada pelo Ministério da Saúde. “Caso não estivesse seguindo as recomendações, a situação poderia estar pior”, reconheceu. Frisou que a população deve ser parceria no controle da doença, “compreendendo que a febre chikungunya, diferente da dengue, deve ser tratada pelo clínico”.
“Os moradores também devem evitar criadouros do mosquito em seus domicílios, denunciando a existência de algum foco para a Secretaria Municipal de Saúde”, pontuou. Os atendimentos aos pacientes foram acompanhados pela coordenadora da Divisão de Vigilância Epidemiológica, Francisca Lúcia Oliveira, e diretora da Rede Própria, Tânia Moreira.
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