Com a participação de operadores e técnicos especializados no setor de logística, entidades de classe e empresários foi aberto, nesta quarta-feira, 19, no auditório do Sest/Senat, o IV Seminário de Logística de Feira de Santana, promovido pela Secretaria de Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico, com vistas a debater propostas voltadas à implantação de um polo de logística na região.
Na abertura do evento, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Antônio Carlos Borges Júnior, enfatizou os esforços que o poder público vem fazendo para transformar o setor de logística um dos principais vetores de crescimento econômico local, gerando mais emprego e renda para o município.
“Temos que desenvolver pesquisas no setor de logística, propiciando a confluência de todos os modais de transportes para incrementar o desenvolvimento do setor, através de novas perspectivas e estratégias”, ponderou Borges Júnior.
O segundo maior entroncamento rodoviário do país, perdendo apenas para São Paulo, além da sua posição geograficamente privilegiada, em relação aos estados do Nordeste, Feira de Santana será contemplada num projeto do governo federal com uma ,linha férrea que, partindo de Minas Gerais a Pernambuco, terá passagem obrigatória em seu território, o que abre boas perspectivas de aproximar a cidade a outros grandes centros produtivos e de consumo de serviços.
O empresário Edson Piaggio, presidente do Instituto Pensar Feira, ao realçar a importância de Feira de Santana como um dos principais centros de distribuição de produtos e serviços do país, falou da sua vocação natural para o desenvolvimento de políticas voltadas para o setor, a médio e longo prazos, “ contando, sobre o tudo, com os recursos tecnológicos que hoje já se encontram disponíveis”, disse.
André Sampaio, diretor do Grupo TPC – empresa especializada em logística geral -, ao discorrer sobre o painel “Operador Logístico e Tendências Regionais”, destacou, como ponto estratégico á criação do polo logístico a utilização das ferramentas tecnológicas agregadas aos setores de armazenamento e transporte de mercadorias e serviços, lembrando que a efetivação do aeroporto João Durval Carneiro como transporte de carga dará um suporte indispensável na consolidação do polo de logística de Feira de Santana.
Por seu turno, o vice-presidente da Associação Brasileira de Logística (Abralog), João Batista da Silva, criticou a falta de investimento do governo federal, considerando que a União aplica apenas menos de 1% do orçamento na infraestrutura logística dos modais de transportes nacionais, e, “ sem a integração dos modais de transportes, dificulta o escoamento de cargas”, disse.
Neste mesmo tom, o presidente da Associação Comercial de Feira de Santana, Marcelo Alexandrino, enfatizou as críticas de João Batista Silva quanto à infraestrutura das estradas baianas, cujas projetos de duplicação, frisou, “ são lentas e precisamos urgentemente rever esta situação para que possamos criar o nosso polo logístico.”.
O prefeito José Ronaldo de Carvalho, após entregar estatuetas da heroína feirense Maria Quitéria aos expositores do painel “Operador Logístico e Tendências Regionais”, referindo-se a implantação do polo de logística e sua importância estratégica para o desenvolvimento socioeconômico da região, disse que é um consenso antigo entre economistas e estudiosos renomados sobre a economia brasileira, que “ este é um dos nossos maiores problemas para o nosso país”.
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