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sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Campanha conta o racismo lançada no Dia da Consciência Negra

Lançamento da campanha
 O racismo é uma questão que tem muitos tentáculos e origem única. E que deve ser combatido continuadamente já no seu nascedouro. Em resumo, esta é a opinião dos palestrantes – secretários municipais, que participaram do lançamento da campanha “Racismo: nem por um segundo”, que será levada às ruas de Feira de Santana de sexta-feira a domingo. O evento comemorativo ao Dia da Consciência Negra aconteceu na manhã desta quinta-feira, 21, no auditório da Secretaria de Prevenção à Violência, e que teve a presença de representantes de segmentos do movimento negro da cidade.

 Outros eventos relacionados à data comemorativa acontecerão no estacionamento da Prefeitura de Feira de Santana (veja aqui a programação). O Novembro Negro é realizado pelas secretarias de Cultura, Esporte e Lazer, Prevenção à Violência. Desenvolvimento Social, Comunicação Social, com participação ativa de toda estrutura do governo, que se levanta contra a discriminação racial.
 
Para o titular da Seprev, Mauro Moraes, o racismo é uma atitude que não pode ser vista como uma questão de cor, mesmo reconhecendo que é comum no país o denominado racismo velado, quando a discriminação devido a cor é feita muito sutilmente. “As pessoas são mais importantes do que a cor. Deve-se observar o que elas contribuem para um mundo melhor”.
 
O problema, na opinião do secretário de Comunicação Social, Valdomiro Silva, deve ser atacado ainda na primeira infância, período da vida que é marcada por intenso processo de desenvolvimento. “É preciso que esta mensagem chegue aos segmentos mais jovens da sociedade, porque mudar os conceitos desta geração é difícil”. Para ele, a mídia, em geral, não contribui para a mudança de comportamento. “É preciso que se diga não ao racismo”.
 
O titular da Sedes, Ildes Ferreira, que é sociólogo, disse que o preocupa o processo de intolerância que está sendo plantado na sociedade brasileira. Mas destacou que o engajamento é uma conquista dos negros. Lembrou que o município criou o Departamento da Promoção da Igualdade de Gênero, Igualdade Racial e da Juventude, e que considera um avanço neste setor.
 
“A beleza da vida está na diversidade e saber conviver com ela”, afirmou o secretário de Cultura, Esporte e Lazer, Jailton Batista. Para ele, o racismo é uma maneira das pessoas colocar para fora os seus desconhecimentos e a falta de cultura. Destacou que o racismo é uma chaga permanentemente aberta e que o governo, em todas suas esferas, deve sempre levar o assunto ao debate. “Não se deve tratar a questão racial com ódio, mas com conhecimento. Portanto, educação e cultura é a melhor maneira de lidar com o preconceito”.
 
Para o professor Otto Vinícius Agra Figueiredo, pró-reitor de Políticas Afirmativas e Estudantis da UEFS (Universidade Estadual de Feira de Santana), a iniciativa da Prefeitura demonstra o seu compromisso institucional no combate às desigualdades sociais. Na opinião dele, assim, o município explicita o seu compromisso com as demandas feitas pelos movimentos sociais.
 
A sacerdotisa Mãe Ilda, do Ilê Axé Obá Kiosó, disse que todos devem se empenhar em lutar contra o preconceito. “Não podemos desistir. Vamos à luta”, conclamou. Estiveram presentes os secretários João Marinho Gomes Júnior (Administração) e Denise Mascarenhas (Saúde).
 

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