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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Protesto de jornalista contra deputado Zé Neto repercute na Câmara

O protesto do jornalista Glauco Wanderley contra o deputado estadual e líder da bancada do Governo Jaques Wagner na Assembleia Legislativa, Zé Neto, repercutiu na Câmara de Feira de Santana. O vereador José Carneiro Rocha fez a leitura do texto postado pelo profissional da Rádio Subaé AM no facebook e em sites jornalísticos locais.
Segundo Glauco, o deputado teria ameaçado falar com o secretário de Comunicação do Estado, Robinson Almeida, para que fosse cortada a publicidade do Governo na emissora. Ele lamentou a atitude do parlamentar. “Zé Neto usa e abusa dos programas de rádio de Feira de Santana. Ele agiu como um general da Ditadura Militar. É um absurdo o que ele fez com o jornalista”, afirmou.
Outros vereadores comentaram o assunto. Justiniano França disse que essa “pressão” acontece não apenas na imprensa local, mas em toda a Bahia, especialmente em programas de rádio terceirizados.
“Não tenho do que me queixar da imprensa de Feira de Santana. Recentemente, nosso seminário teve ampla divulgação nas emissoras de rádio, sites e blogs locais, antes, durante e depois do seminário. Foi uma divulgação expressiva”, declarou Frei Cal.
O vereador Roberto Tourinho disse que a imprensa ajuda a democracia. “Divergir é natural, mas usar de  qualquer instrumento para calar ou amordaçar a imprensa, não podemos permitir”, declarou o representante do Partido Verde. O petista Marialvo Barreto disse que não comentaria o assunto por não ter lido o texto de Glauco, nem ouvido a discussão no ar.
“O povo de Feira de Santana esperava democracia, direito de ir e vir, e não retroagir ao tempo dos senhores feudais”, lamentou o vereador Bastinho, sobre a suposta ameaça do deputado, de cortar a verba publicitária da Subaé AM. Ele afirmou que José Neto mudou radicalmente de postura, com a administração petista.
O vereador Roque Pereira disse que Zé Neto imaginou, equivocadamente, que foi o radialista Carlos Geilson que mandou interromper sua entrevista. “A emissora segue novas regras. Há um coordenador de jornalismo que o âncora tem que seguir”, defendeu.

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