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quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Deficiente físico batalha por vaga no mercado de trabalho

Dia da Deficiência
 Rosângela Gonzaga diz que ouve respostas evasivas quando apresenta proposta de trabalho. “É sempre a mesma: dizem que vão entrar em contato, detalhe que nunca é concretizado”. Com um problema num dos olhos, ela afirma que é difícil entrar no mercado de trabalho. “Neste mês já entreguei 25 currículos e não tive nenhuma resposta”. Hoje, dia 3, é Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. Também é o Dia D para que estas pessoas sejam inseridas no mercado de trabalho, sob o tema “Diversidade em ação”.

Ela afirma que os empresários julgam os deficientes físicos como incapazes e, por isso, temem fazer as contratações. “Mas estão errados porque temos condições de desempenhar muitas funções e com eficiência”. A jovem, que esteve hoje pela manhã na Casa do Trabalhador, foi encaminhada para uma entrevista numa empresa. Lembra que o seu último emprego foi intermediado pelo órgão.
 
“Para os deficientes físicos restam apenas o subemprego”, protesta a presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, Gorete Cerqueira. Além do Conselho, a Fundação Jonathas Telles de Carvalho, a Cromossomos 21, a UBC (União Baiana de Cegos) e a Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) participaram de ações no Espaço Cultural Marcus Moraes, onde foram montados estandes. “As empresas dizem que vagas existem, mas que precisam de pessoas qualificadas”.
 
Gorete Cerqueira também disse que os deficientes físicos enfrentam dificuldade para serem contratados, mas são os primeiros a serem dispensados em caso de dificuldade na empresa. “O que se quer é que os deficientes físicos tenham suas oportunidades respeitadas”. A lei garante vagas na seguinte proporção: empresa com 100 ou mais empregados deverá preencher de 2% a 5% dos seus cargos, com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência habilitadas, até 200 empregados 2%, de 201 a 500 empregados 3%, de 501 a 1.000 empregados 4% e de 1.001 em diante 5%.
 
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Antônio Carlos Borges Junior, defende que os deficientes físicos tenham acesso ao mercado de trabalho por entender que este segmento da sociedade está se qualificando. “Os empresários devem observar que a produtividade não está na condição física, mas no preparo intelectual. E estas pessoas estão se habilitando para enfrentar esta concorrência. São contratações que devem ser feitas de olho na qualidade pessoal e não para atender a legislação”.

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